CrunchBang Linux Logo. |
Esse dias testei o Debian Wheezy em minhas máquinas e conclui o que já esperava: meu hardware não é suficiente para o funcionamento do GNOME Shell.O máximo que ele roda é o Fallback mode. Como ainda os manterei por mais algum tempo, resolvi tratar de experimentar a migração para um outro desktop enviroment. Experimentei versões recentes do KDE, LXDE, XFCE e Enlightenment. São todos excelentes projetos e já tinha até decidido adotar o XFCE em meu laptop e LXDE no desktop de mesa quando me deparei com uma notícia sobre o lançamento da versão Statler do CrunchBang. Até já tinha ouvido falar sobre essa distro no passado mas nunca me interessei por ela ter sua base no Ubuntu. Me chamou a atenção o fato da atual versão migrar para a base da Debian stable. Corri para experimentar e fiquei apaixonado. Tanto que em poucas horas estava substituindo o Squeeze do meu laptop.
Depois de instalado deparei-me com o primeiro problema: não conseguia compilar o driver do maldito chip gráfico SiS 771/671. No Squeeze não tinha esse problema. A razão é que no Statler o repositório backport é pinado para atualizar o sistema por padrão. Logo, tanto o Xorg quanto o kernel do Statler são oriundos do backport e não dos repositórios originais da Debian.
Desktop original do CrunchBang Linux. |
Já estava pensando em retornar à pureza do meu Squeeze quando tive a ideia de fazer uma instalação a partir de uma imagem iso netinstall e acrescentar o repositório principal do CrunchBang para instalar os scripts de configuração de todo o desktop. O resultado é que fiquei com um sistema inteiramente Debian Squeeze com toda configuração do ambiente Openbox do CrunchBang, dos temas aos scripts.
Mas porquê o CrunchBang?
No meu caso dois motivos foram determinantes: meu hardware e a exigência de ser um sistema Debian-like. CrunchBang Linux é uma distribuição linux super leve, o sistema em si consome cerca de 100 MB, e é essencialmente uma instalação padrão da Debian com alguns outros pacotes personalizados (na verdade são apenas scripts para configuração do sistema e outros pacotes de temas). Sua leveza deve-se ao fato dela utilizar como gerenciador de janelas o Openbox, que é totalmente configurável através de arquivos xml. Essa configuração não é muito complexa para um usuário mediano, mas para um usuário final sim. É aqui que entra as facilidades proporcionadas pelos scripts encontrados no #! (esses caracteres representam a logo-marca do projeto CrunchBang - são minimalistas até mesmo nisso!). Isso me lembra bastante o Kurumin, que também trazia muitos scripts que auxiliavam o usuário na configuração do sistema.
Seu desktop é bem minimalista com um tema basicamente preto com mistura de cinza e caracteres brancos. Foi um dos mais elegantes e cleans que eu já vi. Basicamente é formado por três elementos: o wallpaper negro com a logo do projeto (#!), um monitor com informações sobre o sistema (conky) e um painel superior onde encontramos os ícones das janelas que vão sendo abertas, área de notificação, relógio/calendário e acesso aos desktops virtuais. Os mais desavisados estranharão o fato de não haver acesso ao menu de aplicações. Para invocar esse menu basta clicar com o botão direito do mouse em qualquer canto da área de trabalho ou usar a tecla de atalho Super+espaço. Para mais atalhos basta ler informações contidas no próprio conky.
Depois de um certo tempo de uso do sistema e adaptação às teclas de atalho o usuário nem vai mais lembrar da ausência de um menu de aplicações na barra de tarefas. Outro ponto que colabora para isso é a existência do DMENU, que é um menu dinâmico projetado para o X para lançar qualquer aplicativo existente no sistema. Ele é acessado através das teclas Alt+F3. Fiquei viciado em sua utilização. Mas ainda há a tradicional execução de programas pela box acessada pelas teclas Alt+F2. Essa combinação chama o Gmrun que é um aplicativo para execução de programas, totalmente configurável e com TAB completion (bash-like). Configurei o meu para fazer busca direta de arquivos (usando o catfish), na web (Google), abrir o browser com o endereço que coloco na box e até na composição de e-mail do meu Gmail.
A inicialização e desligamento de todo o sistema é um dos mais rápidos que já passaram pelo meu notebook. Rápida também é sua instalação. Foram apenas quatro minutos! No próximo post descreverei os passos para termos o CrunchBang a partir do netinstall do Squeeze.
Mas porquê o CrunchBang?
No meu caso dois motivos foram determinantes: meu hardware e a exigência de ser um sistema Debian-like. CrunchBang Linux é uma distribuição linux super leve, o sistema em si consome cerca de 100 MB, e é essencialmente uma instalação padrão da Debian com alguns outros pacotes personalizados (na verdade são apenas scripts para configuração do sistema e outros pacotes de temas). Sua leveza deve-se ao fato dela utilizar como gerenciador de janelas o Openbox, que é totalmente configurável através de arquivos xml. Essa configuração não é muito complexa para um usuário mediano, mas para um usuário final sim. É aqui que entra as facilidades proporcionadas pelos scripts encontrados no #! (esses caracteres representam a logo-marca do projeto CrunchBang - são minimalistas até mesmo nisso!). Isso me lembra bastante o Kurumin, que também trazia muitos scripts que auxiliavam o usuário na configuração do sistema.
Meu desktop depois de algumas modificações no conky. |
Seu desktop é bem minimalista com um tema basicamente preto com mistura de cinza e caracteres brancos. Foi um dos mais elegantes e cleans que eu já vi. Basicamente é formado por três elementos: o wallpaper negro com a logo do projeto (#!), um monitor com informações sobre o sistema (conky) e um painel superior onde encontramos os ícones das janelas que vão sendo abertas, área de notificação, relógio/calendário e acesso aos desktops virtuais. Os mais desavisados estranharão o fato de não haver acesso ao menu de aplicações. Para invocar esse menu basta clicar com o botão direito do mouse em qualquer canto da área de trabalho ou usar a tecla de atalho Super+espaço. Para mais atalhos basta ler informações contidas no próprio conky.
Destaque para o menu de aplicativos. |
Depois de um certo tempo de uso do sistema e adaptação às teclas de atalho o usuário nem vai mais lembrar da ausência de um menu de aplicações na barra de tarefas. Outro ponto que colabora para isso é a existência do DMENU, que é um menu dinâmico projetado para o X para lançar qualquer aplicativo existente no sistema. Ele é acessado através das teclas Alt+F3. Fiquei viciado em sua utilização. Mas ainda há a tradicional execução de programas pela box acessada pelas teclas Alt+F2. Essa combinação chama o Gmrun que é um aplicativo para execução de programas, totalmente configurável e com TAB completion (bash-like). Configurei o meu para fazer busca direta de arquivos (usando o catfish), na web (Google), abrir o browser com o endereço que coloco na box e até na composição de e-mail do meu Gmail.
Destaque para o dmenu. |
A inicialização e desligamento de todo o sistema é um dos mais rápidos que já passaram pelo meu notebook. Rápida também é sua instalação. Foram apenas quatro minutos! No próximo post descreverei os passos para termos o CrunchBang a partir do netinstall do Squeeze.